Salve o tempo generoso
esse balsamo doloroso
que cura lento e persistente
Salve essa foice afiada
a fossa escura e aterrada
no oculto do que é a gente
Salve, pira incandescente
crematorio permanente
de tudo o que vem à frente
Salve o rastro onde eu resto
sobre a ruina talhada
e todo o lodo aparente
que cobre carne machucada
30 de junho de 2007
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