Salve o tempo generoso
esse balsamo doloroso
que cura lento e persistente
Salve essa foice afiada
a fossa escura e aterrada
no oculto do que é a gente
Salve, pira incandescente
crematorio permanente
de tudo o que vem à frente
Salve o rastro onde eu resto
sobre a ruina talhada
e todo o lodo aparente
que cobre carne machucada
30 de junho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Nada como um dia após o outro!
Muito bacana esse poema ju!
Que triste... (com os olhos cheios d'água).
Postar um comentário