O dia quente
pousa a nodoa espessa
e nada que aconteça
me traz algum prazer
Há um sopro frio
que o peito toca
e quando se demora
lamento o meu viver
Saudade
de passado ausente
lá pouso o meu presente
rogo te reviver
Mas o que nao havia
jamais virá à tona
e à deriva fica
o que não pude ter
5 de setembro de 2007
1 de agosto de 2007
A DOR DO AMOR
Não choro por ti.
Choro por amor,
pela falta de amor.
Não é triste o fim; triste é não sentir amor.
Então, com o peito vazio de amor, verto lágrimas por mim mesma.
Queria poder amar.
Choro por amor,
pela falta de amor.
Não é triste o fim; triste é não sentir amor.
Então, com o peito vazio de amor, verto lágrimas por mim mesma.
Queria poder amar.
14 de julho de 2007
VIRTUDE
Reverência à sabedoria
ao círculo que se esvazia
à raiz densa que prende ao chão
Reverência ao vazio sereno
ao coração ameno
ao sem expressão
Reverência ao vento brando
ao que acato e emano
ao viès de um vão.
Reverência a todo encanto
ao natural e santo
ao sem compreensão
ao círculo que se esvazia
à raiz densa que prende ao chão
Reverência ao vazio sereno
ao coração ameno
ao sem expressão
Reverência ao vento brando
ao que acato e emano
ao viès de um vão.
Reverência a todo encanto
ao natural e santo
ao sem compreensão
9 de julho de 2007
DESABAFO
Deve haver verdade honesta neste mundo,
aquém de toda ocasião,
pautada apenas no seu profundo.
Um dia desses ainda encontro honestidade.
Prefiro a dor de uma verdade
ao romance hostil de uma ilusão.
Resisto, então, a toda prova de falsidade,
pautada em fragil necessidade
de um desvalido de cunhão.
Abdico da facilitada realidade,
forjada por falta de coragem
ou, talvez, por auto-compaixão.
Pessoas mancas apoiadas em enganos!
Resisto a seus ardilosos planos
e ao seu completo tudo que eu nunca quis ter.
Guardem para si tamanha hipocrisia,
hoje não necessito de tais honrarias
Há muito vivo sem nelas crer.
Meu peito ereto vem marcado de estillhaços
por ver aquilo que escondia,
com tanto zelo, em seus capachos.
Agora exibo orgulhosa a tatuagem
e aos quatro ventos ando rindo
de suas desonestidades.
A estrada passa e eu continuo competindo
mas já não os vejo ali bulindo,
ou zombando sem cessar.
Esse é o fim de toda gente trapaceira:
um dia enta na fogueira
e queima ate se sufocar.
aquém de toda ocasião,
pautada apenas no seu profundo.
Um dia desses ainda encontro honestidade.
Prefiro a dor de uma verdade
ao romance hostil de uma ilusão.
Resisto, então, a toda prova de falsidade,
pautada em fragil necessidade
de um desvalido de cunhão.
Abdico da facilitada realidade,
forjada por falta de coragem
ou, talvez, por auto-compaixão.
Pessoas mancas apoiadas em enganos!
Resisto a seus ardilosos planos
e ao seu completo tudo que eu nunca quis ter.
Guardem para si tamanha hipocrisia,
hoje não necessito de tais honrarias
Há muito vivo sem nelas crer.
Meu peito ereto vem marcado de estillhaços
por ver aquilo que escondia,
com tanto zelo, em seus capachos.
Agora exibo orgulhosa a tatuagem
e aos quatro ventos ando rindo
de suas desonestidades.
A estrada passa e eu continuo competindo
mas já não os vejo ali bulindo,
ou zombando sem cessar.
Esse é o fim de toda gente trapaceira:
um dia enta na fogueira
e queima ate se sufocar.
8 de julho de 2007
A VOCÊ
Esteja pronto para receber
e terá a minha dedicação.
Enfrente o que é você
que eu te ofereço o meu perdão.
A cada passo arriscado
encontrará minha oração.
O seu coração calejado
posso acolher em meu peito são.
Agora se quiser amor
nada posso prometer.
Pois só deixo que ele aflore
onde eu possa permanecer.
e terá a minha dedicação.
Enfrente o que é você
que eu te ofereço o meu perdão.
A cada passo arriscado
encontrará minha oração.
O seu coração calejado
posso acolher em meu peito são.
Agora se quiser amor
nada posso prometer.
Pois só deixo que ele aflore
onde eu possa permanecer.
AOS TRÊS CAVALHEIROS
Ausento-me.
Não quero me tornar um vício,
um capricho, um empecilho
um devaneio, a desilusão.
Os segredos que me ocultaram
já não corroem o meu coração.
Busco a paz que me traz a alma,
regresso lento à minha solidão.
Despida de armadura
sigo firme em minha sina.
Guardem em vós minhas belezas,
pois o que persiste, já não mais fascina.
A vós, queridos cavalheiros,
entoem, agora, um novo canto
e desvendem novos mistérios
para perceberem o verdadeiro encanto.
Volto aos meus
quando o que foi passado
se tornar perfeito e nesse dia, então,
celebraremos juntos e talvez para sempre
a volta gloriosa de nossa união.
Aos meus três cavalheiros,
cheios de todo encanto,
espero em breve tê-los
em um tempo brando......
Não quero me tornar um vício,
um capricho, um empecilho
um devaneio, a desilusão.
Os segredos que me ocultaram
já não corroem o meu coração.
Busco a paz que me traz a alma,
regresso lento à minha solidão.
Despida de armadura
sigo firme em minha sina.
Guardem em vós minhas belezas,
pois o que persiste, já não mais fascina.
A vós, queridos cavalheiros,
entoem, agora, um novo canto
e desvendem novos mistérios
para perceberem o verdadeiro encanto.
Volto aos meus
quando o que foi passado
se tornar perfeito e nesse dia, então,
celebraremos juntos e talvez para sempre
a volta gloriosa de nossa união.
Aos meus três cavalheiros,
cheios de todo encanto,
espero em breve tê-los
em um tempo brando......
6 de julho de 2007
POESIA DA VIDA REAL
SB: Sonho em ser tartaruga.
AT: Eu já sou trataruga.
SB: Sério?
AT: Sim.
SB: Então é possível!
AT: Claro.
SB: Incrível! Você carrega o próprio mundo nas costas. Muito corajoso.
AT: O pior não é isso. O pior quando se é tartaruga é renegar a pressa.
SB: Não penso que isso seja pior.
AT: Carregar o próprio mundo é fácil;
mas quem tem pressa, não tem amor.
SB: Afundar-se no próprio mundo não é fácil; e levá-lo adiante, tampouco.
AT: Mas a mãe apressada não vê o filho crescer.
SB: Mas eu não tenho filho. Nem você.
AT: O marido que está sempre correndo
não repara o vestido novo de sua mulher.
SB: Mas eu não sou casada. Nem você.
AT: Quem tem pressa para namorar escolhe a primeira pessoa
e nao a pessoa certa.
SB: Mas eu não quero a pessoa certa. Eu quero o amor.
AT: Eu não gosto de maquiagem.
SB: Eu também não. Mas estou triste, não está vendo?
AT: Mulher quando está triste não se maqueia.
SB: Maqueia sim. Já basta estar triste por dentro,
ao menos por fora pode ser diferente.
AT: Mulher sem maquiagem é mais bonita.
A não ser que seja aquela maquiagem que não aparece.
SB: Desse tipo eu também gosto. Mas não conto que uso.
Agora também pouco importa, porque estou vestida de homem.
E homem não se maqueia.
AT: Você, vestida de homem?
SB: Sim, é uma bela armadura!
Vamos fumar um charuto e falamos mais sobre isso.
AT: Eu não gosto de charuto.
SB: Nem eu, mas é masculino.
AT: Caetano disse que achava que ser homem
bastaria para resolver seus conflitos,
mas descobriu que seu lado feminino era o seu melhor.
SB: Não acredito no que ele fala. Quem acredita em caetano?
AT: Ainda assim, eu prefiro a mulher.
SB: Eu não. Quem acredita na mulher?
SB: Vi o lugar que você gosta.
AT: Aquele?
SB: Sim! Um dia ainda vou lá.
AT: Bem, devo então avisar que lá é pântano. Cuidado.
SB: Pântano?
AT: Isso mesmo. Há quem se perdeu por lá e nunca mais voltou.
SB: Ótimo! Perfeito! Quero me perder, é la mesmo que eu vou.
AT: Mas há também quem se encontrou e nunca mais voltou.
SB: Então, iremos juntos. Para nunca mais voltar.
AT: Eu já sou trataruga.
SB: Sério?
AT: Sim.
SB: Então é possível!
AT: Claro.
SB: Incrível! Você carrega o próprio mundo nas costas. Muito corajoso.
AT: O pior não é isso. O pior quando se é tartaruga é renegar a pressa.
SB: Não penso que isso seja pior.
AT: Carregar o próprio mundo é fácil;
mas quem tem pressa, não tem amor.
SB: Afundar-se no próprio mundo não é fácil; e levá-lo adiante, tampouco.
AT: Mas a mãe apressada não vê o filho crescer.
SB: Mas eu não tenho filho. Nem você.
AT: O marido que está sempre correndo
não repara o vestido novo de sua mulher.
SB: Mas eu não sou casada. Nem você.
AT: Quem tem pressa para namorar escolhe a primeira pessoa
e nao a pessoa certa.
SB: Mas eu não quero a pessoa certa. Eu quero o amor.
AT: Eu não gosto de maquiagem.
SB: Eu também não. Mas estou triste, não está vendo?
AT: Mulher quando está triste não se maqueia.
SB: Maqueia sim. Já basta estar triste por dentro,
ao menos por fora pode ser diferente.
AT: Mulher sem maquiagem é mais bonita.
A não ser que seja aquela maquiagem que não aparece.
SB: Desse tipo eu também gosto. Mas não conto que uso.
Agora também pouco importa, porque estou vestida de homem.
E homem não se maqueia.
AT: Você, vestida de homem?
SB: Sim, é uma bela armadura!
Vamos fumar um charuto e falamos mais sobre isso.
AT: Eu não gosto de charuto.
SB: Nem eu, mas é masculino.
AT: Caetano disse que achava que ser homem
bastaria para resolver seus conflitos,
mas descobriu que seu lado feminino era o seu melhor.
SB: Não acredito no que ele fala. Quem acredita em caetano?
AT: Ainda assim, eu prefiro a mulher.
SB: Eu não. Quem acredita na mulher?
SB: Vi o lugar que você gosta.
AT: Aquele?
SB: Sim! Um dia ainda vou lá.
AT: Bem, devo então avisar que lá é pântano. Cuidado.
SB: Pântano?
AT: Isso mesmo. Há quem se perdeu por lá e nunca mais voltou.
SB: Ótimo! Perfeito! Quero me perder, é la mesmo que eu vou.
AT: Mas há também quem se encontrou e nunca mais voltou.
SB: Então, iremos juntos. Para nunca mais voltar.
4 de julho de 2007
30 de junho de 2007
E O QUE RESTA É CICATRIZ
Salve o tempo generoso
esse balsamo doloroso
que cura lento e persistente
Salve essa foice afiada
a fossa escura e aterrada
no oculto do que é a gente
Salve, pira incandescente
crematorio permanente
de tudo o que vem à frente
Salve o rastro onde eu resto
sobre a ruina talhada
e todo o lodo aparente
que cobre carne machucada
esse balsamo doloroso
que cura lento e persistente
Salve essa foice afiada
a fossa escura e aterrada
no oculto do que é a gente
Salve, pira incandescente
crematorio permanente
de tudo o que vem à frente
Salve o rastro onde eu resto
sobre a ruina talhada
e todo o lodo aparente
que cobre carne machucada
23 de maio de 2007
À ALICE
Hoje agradeço Alice.
Pelo choro sem culpa
pela esperança adulta
que a gente às vezes renega
Por me encher de lembranças
pelo cheiro doce de infância
ao qual a gente se entrega
ao qual a gente se entrega
Por me roubar um sorriso
por reunir os amigos
por se fazer ouvir os nossos delírios
Pela tarde sem pressa
que pela casa se entorna
e pelo tempo tranquilo
que nao se encontra la fora
19 de maio de 2007
DUELO
Quero jogar botão
fumando um charuto
brindando ao que é futil
e tecendo mentiras
Quero livrar-me
dessa dor feminina
despir-me e, lasciva,
lançar-me na vida
Hoje me visto de homem
nao tenho mais que desejos
e nao ha dor em meu peito
que possa me desviar
Agora nada me toca
porque fecho tal porta
e fraqueza insistente
nao consegue chegar
E o deboche da vida
hoje samba sozinho
porque menino eu caminho
zombando o sonhar
fumando um charuto
brindando ao que é futil
e tecendo mentiras
Quero livrar-me
dessa dor feminina
despir-me e, lasciva,
lançar-me na vida
Hoje me visto de homem
nao tenho mais que desejos
e nao ha dor em meu peito
que possa me desviar
Agora nada me toca
porque fecho tal porta
e fraqueza insistente
nao consegue chegar
E o deboche da vida
hoje samba sozinho
porque menino eu caminho
zombando o sonhar
15 de maio de 2007
RESPOSTA A UM
Abuso do desuso
e a venda preta que cobre é tarja
em mim entorna um soro de vida
e a bula antiga já virou poesia
Me cubro da forma que me assenta
que busquei nas sobras das despedidas
e, ao invés de andar em compridas voltas,
sigo o passo leve de todo dia
Onde me busco, pouco importa
e celebro o vermelho quente que pulsa a aorta
é vida pura que do corpo brota
e que repele tudo o que nao me toca.
e a venda preta que cobre é tarja
em mim entorna um soro de vida
e a bula antiga já virou poesia
Me cubro da forma que me assenta
que busquei nas sobras das despedidas
e, ao invés de andar em compridas voltas,
sigo o passo leve de todo dia
Onde me busco, pouco importa
e celebro o vermelho quente que pulsa a aorta
é vida pura que do corpo brota
e que repele tudo o que nao me toca.
11 de maio de 2007
ORAÇÃO
Obrigada por toda a sorte desconhecida
que a todo momento se derrama.
Obrigada pela ocasião fugaz
que permanece em nós
e que faz o amanhã cheio de esperança.
Obrigada pela beleza de todo dia.
E pela chance que me deste de contemplá-la.
que a todo momento se derrama.
Obrigada pela ocasião fugaz
que permanece em nós
e que faz o amanhã cheio de esperança.
Obrigada pela beleza de todo dia.
E pela chance que me deste de contemplá-la.
FILOSOFIAS
não sei.....
o único sentido que vejo
é que o olhar se aquece
de tudo que vê
e do que intui
e, então,
vem a alegria valente
que insiste em cortar de afago
a acidez prostrada de alguma ausência.
o único sentido que vejo
é que o olhar se aquece
de tudo que vê
e do que intui
e, então,
vem a alegria valente
que insiste em cortar de afago
a acidez prostrada de alguma ausência.
7 de maio de 2007
SONETO DE UM TRISTE FIM
Já faz tempo,
nem conversa
nem premissas
nem vontade
nem mentiras
nada de mim ou de você
Fico pensando
se é por falta de coragem
ou se mesmo a vontade
de nunca mais se ver...
Às vezes acho
que é apenas circunstância,
chega o dia da vingança
e a gente vai se enfrentar
Mas que duelo eu espero
dessa nossa história pouca?
a gente sempre à revelia,
eu ali, você à toa...
Ainda assim
te desejo boa sorte
e agradeço pelo mote
que agora eu tenho para contar.
Entrou para a história
essa falta de atitude
e eu confesso
que não pude
deixar de te zombar.
Mas o carinho
ainda traz lembrança boa
e o coração que agora voa
vai pra longe te buscar.
nem conversa
nem premissas
nem vontade
nem mentiras
nada de mim ou de você
Fico pensando
se é por falta de coragem
ou se mesmo a vontade
de nunca mais se ver...
Às vezes acho
que é apenas circunstância,
chega o dia da vingança
e a gente vai se enfrentar
Mas que duelo eu espero
dessa nossa história pouca?
a gente sempre à revelia,
eu ali, você à toa...
Ainda assim
te desejo boa sorte
e agradeço pelo mote
que agora eu tenho para contar.
Entrou para a história
essa falta de atitude
e eu confesso
que não pude
deixar de te zombar.
Mas o carinho
ainda traz lembrança boa
e o coração que agora voa
vai pra longe te buscar.
GESTAÇÃO
Quero o cheiro da sujeira do mundo
e todo o calor grave de gente sem escrúpulos
Porque a vida nasce de um lodo imundo
e vai dar na beira de um riacho quase puro.
e todo o calor grave de gente sem escrúpulos
Porque a vida nasce de um lodo imundo
e vai dar na beira de um riacho quase puro.
PAUSA PARA UM DISCURSO BREVE
Aos meus amigos, aos mais que amigos
e aos meus amores, todo o meu coração
Aos conhecidos, toda a minha atençao
E aos que não conheço,
aguardo anciosa esse nosso encontro
Saúdo as surpresas que me pertencem.
e aos meus amores, todo o meu coração
Aos conhecidos, toda a minha atençao
E aos que não conheço,
aguardo anciosa esse nosso encontro
Saúdo as surpresas que me pertencem.
6 de maio de 2007
DADÁ
Vivo o delírio febril de quem acredita.
Que se cale o diálogo oco.
Desdenho o que me sufoca
e me pego rindo do que me corta.
Abaixo a frase caída
de quem pensa que sabe da vida.
Que se cale o diálogo oco.
Desdenho o que me sufoca
e me pego rindo do que me corta.
Abaixo a frase caída
de quem pensa que sabe da vida.
21 de abril de 2007
SEM FIM
Eu não relaxo.
Penso sempre, penso em tudo,
penso até mesmo em nada.
Penso tanto que não saio do lugar.
E ainda assim, penso em chegar lá.
Penso sempre, penso em tudo,
penso até mesmo em nada.
Penso tanto que não saio do lugar.
E ainda assim, penso em chegar lá.
EU NÃO VENHO COM BULA
Eu não venho com bula.
Não sei do que sou feita, tampouco para que sirvo.
Não sei se curo alguma coisa, se sou paliativo.
Não trago benefícios, não sei se intoxico.
Overdose, eu não sei o risco - mas posso ser placebo...
e não sei o que acontece em caso de interações.
Será que eu devia vir com tarja preta?
Não sei do que sou feita, tampouco para que sirvo.
Não sei se curo alguma coisa, se sou paliativo.
Não trago benefícios, não sei se intoxico.
Overdose, eu não sei o risco - mas posso ser placebo...
e não sei o que acontece em caso de interações.
Será que eu devia vir com tarja preta?
20 de abril de 2007
BELINHA
E lá vem ela,
insana e Bela,
vem correndo divagar
E o senso dela
que ninguém espera
atropela a gente
e fala sem parar
Ela nao tem juízo
mas tem capacidade
e é tanta loucura
que a gente nem reage
E a gente fica rindo
daquela insanidade
que vem sempre cheia
de tudo que é verdade
insana e Bela,
vem correndo divagar
E o senso dela
que ninguém espera
atropela a gente
e fala sem parar
Ela nao tem juízo
mas tem capacidade
e é tanta loucura
que a gente nem reage
E a gente fica rindo
daquela insanidade
que vem sempre cheia
de tudo que é verdade
SOBRE O SORRISO
Estranho como um sorriso pode ser perturbador.
Sorrir pode ser um ultraje.
Para mim, é instinto:
vivo e sorrio.
Prefiro a minha loucura à normalidade patética e carrancuda do mundo.
Sorrir pode ser um ultraje.
Para mim, é instinto:
vivo e sorrio.
Prefiro a minha loucura à normalidade patética e carrancuda do mundo.
POEMINHA
Se eu soubesse cantar
entoaria uma oração
e sussurraria ao seu ouvido
toda a minha gratidão
Eu ia te ninar,
cantar para te alegrar
ia fazer ciranda
para não te ver chorar
E se um suspiro rouco
vir a te acometer,
eu te prometo, eu canto
para não te ver sofrer
entoaria uma oração
e sussurraria ao seu ouvido
toda a minha gratidão
Eu ia te ninar,
cantar para te alegrar
ia fazer ciranda
para não te ver chorar
E se um suspiro rouco
vir a te acometer,
eu te prometo, eu canto
para não te ver sofrer
QUEM SABE, UM DIA
Meu bem,
olha só o que restou
de todo aquele amor
que eu tinha por você
Quem sabe, um dia
o tempo da gente se acerta,
mas não me faça promessa,
deixa a vida acontecer
Por hora,
fica essa melancolia
e um pedaço de poesia
e a saudade de você
Quem sabe, um dia
o tempo da gente se acerta
e você seja a pessoa certa
e a gente possa acontecer...
olha só o que restou
de todo aquele amor
que eu tinha por você
Quem sabe, um dia
o tempo da gente se acerta,
mas não me faça promessa,
deixa a vida acontecer
Por hora,
fica essa melancolia
e um pedaço de poesia
e a saudade de você
Quem sabe, um dia
o tempo da gente se acerta
e você seja a pessoa certa
e a gente possa acontecer...
SAMBINHA DA ESPERA
Você foi embora
sem saber quando vai voltar
vem, deixa disso
dê uma chance
e eu vou te mostrar
Nao e loucura
viver um amor de verdade
vem, volta logo
e leva embora essa saudade
Para que tristeza
quando se pode amar,
tanto carinho
eu tenho pra te dar
Volta pra mim,
agora
já disse, eu não abro mão
se é por você,
vale a pena
esperar na solidão
sem saber quando vai voltar
vem, deixa disso
dê uma chance
e eu vou te mostrar
Nao e loucura
viver um amor de verdade
vem, volta logo
e leva embora essa saudade
Para que tristeza
quando se pode amar,
tanto carinho
eu tenho pra te dar
Volta pra mim,
agora
já disse, eu não abro mão
se é por você,
vale a pena
esperar na solidão
VALSA DO DISSABOR
Seu Joaquim era um velhinho bacana
rock, salsa, capoeira,
viagra e fliperama
Dizia que era atleta
rapel, pegava onda
tinha a sunga do Gabeira
e competia em maratona
Seu corpão era sarado,
estava sempre bronzeado,
desfilava em conversível
e jogava carteado
Até que um dia,
conheceu Emmanoela
e encantado com a donzela,
decidiu então casar
Deixou a vida de solteiro
e vive agora um pesadelo
ela fugiu com o pedreiro,
foi parar em Sabará
E Seu Joaquim
que ainda gosta da danada
todo dia manda carta
pedindo pra ela voltar
rock, salsa, capoeira,
viagra e fliperama
Dizia que era atleta
rapel, pegava onda
tinha a sunga do Gabeira
e competia em maratona
Seu corpão era sarado,
estava sempre bronzeado,
desfilava em conversível
e jogava carteado
Até que um dia,
conheceu Emmanoela
e encantado com a donzela,
decidiu então casar
Deixou a vida de solteiro
e vive agora um pesadelo
ela fugiu com o pedreiro,
foi parar em Sabará
E Seu Joaquim
que ainda gosta da danada
todo dia manda carta
pedindo pra ela voltar
BALADINHA DA GENTE
Vem no balanço
Vem chegando, vem mansinho,
Vem roubando o meu carinho
E eu querendo disfarçar
Casa ta cheia
Se der mole
Der bobeira
Eu vou te pegar no pulo
Pode dar o que falar
A moçada chega
Todo mundo na balada
A festa ta animada
Mas eu quero é te levar!
E o tempo passa
A madrugada acabando
todo mundo ta dançando
A gente vai ficando lá
Final de noite
O cansaço te pegando
Você sai cambaleando
E eu querendo namorar
Não tem problema
A gente leva numa boa
E foge e fica
E ri à toa
Ate a gente se embolar
Na despedida
Você parte
Eu to perdida
Já caí na sua fita
E não consigo me soltar
Saudade aperta
Não agüento
Quero é festa
Você é a coisa certa
Vão bora comemorar!
Vem chegando, vem mansinho,
Vem roubando o meu carinho
E eu querendo disfarçar
Casa ta cheia
Se der mole
Der bobeira
Eu vou te pegar no pulo
Pode dar o que falar
A moçada chega
Todo mundo na balada
A festa ta animada
Mas eu quero é te levar!
E o tempo passa
A madrugada acabando
todo mundo ta dançando
A gente vai ficando lá
Final de noite
O cansaço te pegando
Você sai cambaleando
E eu querendo namorar
Não tem problema
A gente leva numa boa
E foge e fica
E ri à toa
Ate a gente se embolar
Na despedida
Você parte
Eu to perdida
Já caí na sua fita
E não consigo me soltar
Saudade aperta
Não agüento
Quero é festa
Você é a coisa certa
Vão bora comemorar!
BOLERO
Noite
serpenteia a moça
lua cheia latejante
é pura purpurina
Cambaleante
passa um passo
e o que resta
é rastro
e o suor fino
que evapora
entorpece e vai embora
Agora é breu
retumba o descompasso
ao fim, prelúdio
que era eu
e meu silêncio casto
serpenteia a moça
lua cheia latejante
é pura purpurina
Cambaleante
passa um passo
e o que resta
é rastro
e o suor fino
que evapora
entorpece e vai embora
Agora é breu
retumba o descompasso
ao fim, prelúdio
que era eu
e meu silêncio casto
PENSAMENTO
Pingente que protege a gente,
anel que é união...
Tem gente que cuida da gente,
tem gente que é assombração.
Amuleto que dá sorte,
água benta
e oração.
Tem gente que é deus pra gente,
tem gente que não tem Deus não...
Pé de coelho,
escapulário,
tem até amarração.
Tem gente que faz promessa,
tem promessa que é ilusão...
anel que é união...
Tem gente que cuida da gente,
tem gente que é assombração.
Amuleto que dá sorte,
água benta
e oração.
Tem gente que é deus pra gente,
tem gente que não tem Deus não...
Pé de coelho,
escapulário,
tem até amarração.
Tem gente que faz promessa,
tem promessa que é ilusão...
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